segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Atenção Veneno

Hoje resolvir publicar um texto do meu criador, rs!
... E lá vão elas uma atrás da outra, num movimento coreografado, ritmado: uma patinha, a outra, depois a outra e outra. Caminham sem se darem conta da imensidão do mundo. Sonsas! Se fingem de frágeis pra sobreviver... Estão indo em direção a minha “árvore”... Com tanto mato no meu jardim, querem justamente a minha árvore?... Parece uma coisa!... Só pode ser mandado, sei lá, macumba! Isso! Foi à vizinha quem mandou, sempre soube que ela tinha inveja de mim... Mas que inteligência, como elas vão certeiro ao destino... Amarro um pano, coloco pó de café, faço oração, promessa, pulo pra São Longuinho, rezo terço, peço a Jesus Maria e José. E nada!
Lá continuam elas a subir com seu ballet delicado: uma patinha, a outra, depois a outra e outra... Consigo um veneno daquele granulado, a embalagem diz: “Colocar no caminho delas...” Não termino nem de ler. Sou superior... Maior!... Vou poupa-lás do esforço, colocarei direto no seu ninho, assim não precisarei esperar leva-lós um a um. Como sou inteligente. E assim o fiz! Como num passe de mágica vi todos granulados voltarem. Inacreditável! Surpreendente! Um a um. Pensei: Realmente é macumba!... Sentei e comecei a aceitar que aquela árvore precisava ser destruída, era seu destino e eu nada podia fazer apenas esperar...

A culpa era do vendedor de veneno, com certeza me vendeu com data de validade vencida, seria a única explicação pra justificar minha derrota a seres tão indolentes. Peguei de novo a embalagem e reli: “Colocar no caminho delas, pois as operárias antes de levar pra rainha lamberão o granulado e se envenenaram contaminando todas as outras através do contato de suas antenas, não adianta colocar direto no ninho, pois a rainha sentirá o cheiro e ordenará que coloquem pra fora”.
Por Raphael Miguel
Uma por todas e todas por um brigadeiro DIET
Bjoo da GoOrda

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